terça-feira, 19 de maio de 2009

Fisioterapia baseada em evidências - FisioCiência

Nesse espaço você poderá encontrar os resumos dos 21 capítulos que juntos formam o primeiro livro do Fisiociência. Esse livro foi uma das grandes conquistas desse projeto, pois está aí pra mostrar a produção de mais de um ano do projeto!

Aproveitem!

Capítulo 1 – A intervenção fisioterapêutica nas dores da gestação

Autores:Ana Karynna Alves de Alencar Rocha, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: A gestação é um período na vida da mulher que provoca muitas alterações. Essas alterações provocam mudanças em toda a estrutura física, psicológica e emocional da gestante o que pode resultar em alguns desconfortos. As adaptações músculo-esqueléticas são as principais mudanças que provocarão dores nesse período. As principais dores que ocorrem são a lombalgia e a dor lombar posterior. A fisioterapia é capaz de examinar e tratar a gestante com esses comprometimentos incorporando o conhecimento de lesão e regeneração dos tecidos e ao das alterações que ocorrem durante a gravidez. O tratamento fisioterapêutico inclui cinesioterapia, massoterapia e relaxamento. Através desses recursos é possível diminuir essas dores, promovendo uma melhor qualidade de vida para a gestante.

Capítulo 2 – Dismenorréia: do conceito ao tratamento

Autores: Francielle Lopes de Araújo Batista, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura sobre dismenorréia, de 1983 até 2007, através de uma pesquisa na Bireme e em livros publicados relacionados ao assunto, com o objetivo de esclarecer e demonstrar o que se tem de conhecimento sobre o tema, no que se refere ao aspecto fisiopatológico e às terapêuticas empregadas, demonstrando sua eficácia no tratamento dessa disfunção que acomete grande parte da população feminina.Todas as opções citadas apresentam eficácia comprovada, disponibilizando assim, várias alternativas que apresentam melhora significativa do quadro clínico da paciente, oferecendo aos médicos e aos fisioterapeutas várias formas de se tratar a dismenorréia, considerando-se ideal aquele tratamento que melhor se adapte a cada paciente.

Capítulo 3 – O impacto da bola suíça nas disfunções do assoalho pélvico

Autores: Yara Graciela da Silva Gomes, Lorena Carneiro de Macedo, Maria de Lourdes Fernandes de Oliveira

Resumo: O assoalho pélvico é um conjunto de partes moles que fecham a pelve, sendo formado por músculos, ligamentos e fáscias. Suas funções são de sustentar e suspender os órgãos pélvicos e abdominais, mantendo as continências urinárias e fecais. Um assoalho pélvico saudável tem um bom tônus e elasticidade. Entretanto, a idade, a falta de exercícios em geral, e mesmo a gravidez e o parto fazem com que esses músculos fiquem mais fracos, o que pode dar início a uma incontinência urinária. Com os músculos do assoalho pélvico enfraquecidos, os órgãos pélvicos podem sair de suas posições normais ocasionando disfunções. Durante a gravidez, a musculatura do assoalho pélvico sofre um prolongado teste de resistência ao sustentar além dos órgãos pélvicos, o bebê, o novo útero e todos os demais anexos embrionários. Com o avançar da idade na menopausa, as taxas do hormônio estrogênio decaem, o que vai ocasionar rapidamente o enfraquecimento do assoalho pélvico. A força muscular é então adquirida através da prática de exercícios específicos, para o assoalho pélvico, baseados no preceito de que os movimentos voluntários repetidos proporcionam aumento da força muscular, do relaxamento, da coordenação e da habilidade através dos movimentos. A bola suíça é um instrumento utilizado para o retreinamento dos músculos enfraquecidos como a hipotonia dos músculos do assoalho pélvico. Os exercícios são funcionaise podem ser realizados de várias maneiras, pois a bola suíça é considerada como um instrumento indispensável e intermediário ideal para os movimentos no treino dessa musculatura.

Capítulo 4 – A importância do toque na fisioterapia em mulheres mastectomizadas

Autores: Milena Sales Veiga, Natane Daiana Silva Sousa, Uádala Suele de Souza, Maria de Lourdes Fernandes Oliveira

Resumo: O câncer de mama consiste no crescimento desordenado das células mamárias e constitui a primeira causa de morte entre as mulheres no Brasil. O seu tratamento pode ser dar através da quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal, imunoterapia e os procedimentos cirúrgicos. Estes podem ser a quadrantectomia, a mastectomia total ou a mastectomia radical. Após a retirada da mama, pode haver o aparecimento de uma série de complicações, tais como: formação de edema, dor e redução de força e da amplitude de movimento do ombro. Cabe então ao fisioterapeuta atuar no pré e pós-cirúrgico com o objetivo de amenizar ou evitar os problemas referidos, utilizando para este fim o toque através das mãos, sendo este o seu principal instrumento de trabalho. Com a mastectomia, a mulher pode apresentar um abalo psicológico por não aceitar sua atual condição física. Em vista disso, é preciso o profissional de fisioterapia estar atento no tratamento das pacientes mastectomizadas para alcançar os benefícios almejados.

Capítulo 5 – Alterações na postura corporal decorrentes do processo da gravidez

Autores: Clécio Gabriel de Souza, Francirose Leal Soares, Isabelle Eunice de Albuquerque Pontes, Karolinne Souza Monteiro, Leocy Thaísa Gomes Costa, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: A gestação implica em uma série de alterações em todo organismo da mulher, causadas por adaptações hormonais, cárdio-respiratórias e biomecânicas. Como o sistema músculo-esquelético é um dos mais afetados, as estruturas osteomioarticulares passam por mecanismos compensatórios, colocando-as em posições diferentes das encontradas no período não gestacional. A Fisioterapia tem papel fundamental no tratamento e prevenção dessas alterações, impedindo que as mulheres mantenham essa má postura durante e após o período gestacional Nesse capítulo, serão abordadas as alterações anatômicas, fisiológicas e mecânicas, pelas quais a gestante passa, bem como o tratamento fisioterapêutico mais adequado.

Capítulo 6 – Avaliação biomecânica cinemétrica computadorizada por fotografia digital como recurso na análise postural

Autores: José Roberto da Silva Júnior, Windsor Ramos da Silva Júnior, Lorena Carneiro de Macedo, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: Com o advento da tecnologia, vários métodos envolvendo a biofotogrametria têm sido desenvolvidos com o intuito de detectar os desequilíbrios da postura humana. A avaliação subjetiva utilizada por tanto tempo pela Fisioterapia, que fazia uso apenas do método visual, cede espaço para uma avaliação mais objetiva e precisa auxiliada pela fotografia digital e pelos recursos de edição e precisão de softwares como o AutoCAD que é capaz de mensurar fidedignamente as mais diversas medidas e ângulos do corpo humano. Neste capítulo nos propomos a fornecer ao leitor bases teóricas e práticas para a realização de uma avaliação postural baseada em critérios e parâmetros sistematizados capazes de fornecer um diagnóstico postural preciso e eficaz.

Capítulo 7 – A Quiropraxia nas disfunções da coluna vertebral

Autores: Adriana Sarmento de Oliveira, Alice Macedo Guimarães, Lorena Carneiro de Macedo, José Roberto da Silva Júnior, Windsor Ramos da Silva Júnior, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: As disfunções do corpo são, principalmente, um problema para a qualidade de vida de uma pessoa. Pesquisas realizadas por hospitais indicam que cerca de 80% da população brasileira sente, sentiu ou sentirá dor nas costas. Segundo especialistas, 90% dos doentes recuperam-se espontaneamente,o que pode significar uma compensação ou adaptação corporal. Além de fatores psicossociais, estão relacionados o condicionamento físico deficiente, a má postura, a mecânica anormal dos movimentos, os pequenos traumas e o esforço repetitivo. As causas de problemas de coluna podem ser várias, mas a maioria está relacionada à má postura e movimentos bruscos do dia-a-dia. Uma opção para o tratamento é a Quiropraxia, que através de ajustes artrocinemáticos reconecta o sistema nervoso às estruturas do corpo. Se houver um desequilíbrio na relação entre a posição e o movimento das vértebras, conduzirá uma tensão anormal dos ligamentos e discos intervertebrais. A tensão aumentará nos músculos e poderá causar nos tecidos circunvizinhos inflamação e inchaço. Por conseguinte, haverá uma irritação ao nível dos nervos. As doenças causadas através de disfunções nas articulações e músculos das partes mecânicas do corpo podem ser tratadas com a Quiropraxia.

Autores: Windsor Ramos da Silva Júnior, José Roberto da Silva Júnior, Lorena Carneiro de Macedo, Gabriela Lopes Gama, Vanessa Braga Torres, Aileciram

Autores: Windsor Ramos da Silva Júnior, José Roberto da Silva Júnior, Lorena Carneiro de Macedo, Gabriela Lopes Gama, Vanessa Braga Torres, Aileciram Monialy Barros Marinho, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: O controle postural consiste na habilidade de manter a estabilidade do corpo e dos segmentos corporais em resposta a forças que perturbam o equilíbrio corporal. A capacidade de manter a estabilidade na postura ereta é um processo de aprendizado do sistema nervoso central. A manutenção e controle da postura dependem da integridade do SNC, sistema visual, vestibular e sistema músculo-esquelético. Além disso, o controle postural depende de informações dos receptores localizados ao redor das articulações. Assim, o sistema tônico-postural protagoniza como o principal responsável pela manutenção da postura e do movimento, gerenciando a manutenção do centro de gravidade sobre a base de sustentação durante situações estáticas e dinâmicas. A intenção de presente capítulo é proporcionar uma revisão que aborde os diversos mecanismos responsáveis pela manutenção da postura humana.

Capítulo 9 – Análise dos efeitos biomecânicos e clínicos no tratamento da hérnia discal através do método Mulligan

Autores: Aileciram Monialy Barros Marinho, Windsor Ramos da Silva Júnior, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: A hérnia de disco é considerada uma patologia extremamente comum, que causa séria inabilidade em seus portadores e, em vista disso, constitui um problema de saúde pública mundial. Hérnia discal é a herniação do núcleo pulposo através do anel fibroso, constituindo-se como uma das principais causas de dor lombar. A terapia conservadora tem sido a preferida como a primeira escolha do tratamento, cujos objetivos são o alívio da dor, o aumento da capacidade funcional e o retardamento da progressão da doença. Neste trabalho, será abordado um recente recurso metodológico, de acorodo com a literatura, dando ênfase ao Método Mulligan, o repouso e a adoção de um programa de exercícios adequados.

Capítulo 10 – Abordagens terapêuticas miofasciais no tratamento das disfunções músculo-esqueléticas

Autores: José Roberto da Silva Júnior, Windsor Ramos da Silva Júnior, Lorena Carneiro de Macedo, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: Um processo patológico que perturbe o funcionamento normal de uma estrutura mioarticular específica geralmente irá promover uma série de eventos físicos e químicos que afetarão todas as partes anatômicas da articulação e suas estruturas circunjacentes, afetando sobremaneira as características dos tecidos locais, especialmente a flexibilidade. Logo, para uma melhor compreensão do objetivo e dos efeitos das modalidades fisioterapêuticas, o profissional da fisioterapia deve obter um conhecimento básico sobre a resposta do organismo à lesão. As modalidades fisioterapêuticas podem auxiliar na cura de uma lesão, respeitando o ritmo do organismo. Quando os recursos terapêuticos são aplicados aos tecidos vivos, estamos aplicando, sobre as células, estímulos que fornecem melhores condições ambientais, influenciando suas funções metabólicas e concorrendo para que ocorra o processo de cura. Dessa forma, não apenas aceleramos a cura de uma lesão, mas impedimos que esse processo seja prejudicado, regulando o ambiente e as funções celulares. A Terapia de Trigger-points ou Pontos-gatilho Miofasciais visa ao tratamento de pontos que se apresentam como sendo regiões sensíveis e hiperirritáveis localizadas no músculo esquelético, normalmente associado a um nódulo hipersensível e a uma faixa de tensão. A pompage consiste em uma manobra de “bombeamento”, um puxar-relaxar sucessivos de uma estrutura corporal que atua sobre as estruturas fasciais que representam um elemento de ligação entre o superficial e o mais profundo, entre os músculos contidos em suas aponeuroses, entre os músculos e o esqueleto, entre os músculos e as vísceras e entre estas e o esqueleto. A técnica de energia muscular (TEM) foi desenvolvida por médicos osteopatas e consiste em um sistema de métodos manipulativos no qual o paciente usa seus músculos, sob solicitação, a partir de uma posição precisamente controlada em uma direção específica, em oposição a uma contra força distintamente executada.

Capítulo 11 – Mobilização neurodinâmica no tratamento fisioterapêutico da cervicobraquialgia

Autores: Clarissa Dantas Ribeiro, Isabelle Oliveira Braga, José Roberto da Silva Júnior, Windsor Ramos da Silva Júnior, Lorena Carneiro de Macedo, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: O sistema nervoso é considerado um tecido contínuo por três razões: a continuidade mecânica, a elétrica e a química. Portanto, se alguma espécie de estresse for efetuada no sistema nervoso periférico durante movimentos, é transmitido para o sistema nervoso central e, de forma, oposta, a tensão gerada no Sistema Nervoso Central (SNC) pode ser transmitida para o Sistema Nervoso Periférico (SNP). Através dessa compreensão, alguns autores propuseram o conceito da neurobiomecânica que se refere à estrutura adjacente ao sistema nervoso, ou seja, a interface mecânica, com os efeitos dessa biomecânica sobre o sistema, além do deslizamento próximo à interface e do alongamento neural. Os traumas gerados de lesões nos tecidos conectivos neurais podem ser identificados através de testes de amplitude de movimento e da capacidade de alongamento do sistema nervoso, que resulta em uma resposta mecânica e fisiológica anormal das estruturas desse sistema. Determinadas regiões são preferenciais de lesão, onde se destacam as áreas de ramificação do SN, como, por exemplo, os nervos digitais, que quando comprimidos pelo uso de salto alto podem dar origem ao neuroma de Morton, locais onde o SN é relativamente fixo, como a dura-máter ao nível de L4, e locais de pontos de tensão, como T6 e a linha poplítea do joelho. Esses distúrbios neurogênicos são comuns, contudo, podem ser minimizados através do seu recente tratamento com métodos físicos não-invasivos fundamentados na mobilização neurodinâmica. Essa técnica tem como finalidadde restabelecer o movimento e a elasticidade ao sistema nervoso, promovendo o retorno de suas funções normais. Nesse contexto, o presente estudo mostrou os efeitos benéficos da mobilização neurodinâmica, quanto a otimização da amplitude de movimento e a redução da dor em paciente com cervicobraquialgia.

Capítulo 12 – Estresse e dor na coluna cervical: aspectos fisioterapêuticos

Autores: Karine Ferreira Agra, Tatianne Moura Estrela Dantas, José Roberto da Silva Júnior, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: Há muito tempo sabe-se que os problemas psicológicos são refletidos de forma real sobre o corpo, causando, às vezes, sérias consequências. O ritmo de vida atual, as pressões, preocupações e as responsabilidades de todos os dias geram o que denominamos de estresse. No mundo atual, o estresse é um dos grandes responsáveis pelas doenças, devido à estreita relação entre mente e corpo. Ele é um elemento gerador de desequilíbrio das funções orgânicas e deve ser encarado e tratado de forma séria, pois afeta o corpo como um todo. A etiologia das dores de coluna é multifatorial, oriunda de causas físicas, como transporte de cargas pesadas ou desencadeadas por causas de origem psicossomática, como distúrbios de personalidade e estresse. De tal forma, as dores na coluna cervical estão inseridas nesse contexto, sendo o estresse um dos principais fatores desencadeadores da dor. Neste capítulo, a discussão sobre essa relação será norteada através de conceitos em relação à coluna vertebral, seguida por definições do estresse e suas correlações.

Capítulo 13 – A terapia Shiatsu como tratamento complementar à saúde do trabalhador

Autores: Juliana Ferreira Melo, Sue Ellen Moscoso Braga, José Roberto da Silva Júnior, Windsor Ramos da Silva Júnior, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: O imperativo da produtividade sempre crescente nas organizações tem levado os trabalhadores a apresentarem desconfortos físicos decorrentes do desempenho de suas atividades laborativas. Em consonância com essa tendência, apresenta este trabalho sugestão para aplicação do Shiatsu nos trabalhadores como técnica para melhoria da qualidade de vida da população em geral. Shiatsu, técnica milenar, oriunda do Japão, tem como uma das mais importantes regras de sua aplicação, olhar o indivíduo como um todo, como um ser único e não apenas o problema identificado. Outro aspecto importante é que o Shiatsu não utiliza nenhum meio mecânico ou qualquer tipo de elemento químico artificial. Existem relatos de apresentação de resultados significativos no abrandamento dos desconfortos musculares. O Shiatsu é uma técnica que está em sintonia com a tendência mundial das pessoas de buscarem alívio para os seus problemas através de meios naturais, aumentando os conhecimentos que ampliem a consciência do próprio corpo.

Capítulo 14 – Ocorrência e consequências de quedas em idosos

Autores: Flávia Valéria Silva Sampaio, Alecsandra Ferreira Tomaz

Resumo: O envelhecimento da população brasileira e mundial cresce de forma muito rápida, apresentando um dos maiores desafios para a saúde pública. Esse processo pode ser devido, dentre outros fatores, ao aumento da expectativa de vida, à diminuição da taxa de fecundidade e à redução da mortalidade entre as pessoas mais idosas. Associado ao aumento dessa população, ocorre também uma maior incidência das Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT), dentre eles, as quedas. O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência e as consequências das quedas sofridas por idosos não institucionalizados e usuários do Centro Municipal de Convivência do Idoso, na cidade de Campina Grande-PB. Trata-se de uma pesquisa de campo com análise descritiva e abordagem quantitativa e transversal. O espaço amostral foi composto por 30% dos 200 idoso inscritos no Centro, perfazendo um total de 60 participantes. Os mesmos foram abordados de forma probabilística aleatória. Dentre os resultados, observou-se que 81,40% (n=35) das quedas ocorreram em pessoas do gênero feminino, a idade dos entrevistados variou de 62-82 anos e as principais consequências relatadas foram: escoriação, fratura, corte, além da associação de duas ou mais dessas consequências devidas às quedas. No que diz respeito ao local da queda, observou-se que 72,10% (n=31) caíram fora do domicílio, enquanto 27,90% (n=12) caíram no ambiente doméstico. Conclui-se, a partir dos dados encontrados, que é necessária uma investigação mais profunda com essa população, tendo em vista que os resultados divergiram um pouco da literatura corrente, abrindo possibilidades para estudos nesta área.

Capítulo 15 – Atividade física e envelhecimento saudável

Autores: Vanessa Braga Torres, José Roberto da Silva Júnior, Windsor Ramos da Silva Júnior, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: O envelhecimento vem acompanhado de uma série de efeitos nos diferentes sistemas do organismo, como diminuição da estatura, aumento da massa gorda, diminuição da força muscular, perda da potência aeróbica, diminuição da densidade mineral óssea, dentre outros, que, de certa forma, diminuem a aptidão e a performance física. No entanto, muitos desses efeitos deletérios são secundários à falta de atividade física. A participação em atividade física regular (exercícios aeróbicos e de força) fornece um número de respostas favoráveis que contribuem para o envelhecimento saudável. A pessoa que faz exercícios tem mais disposição, vontade de viver servindo os exercícios físicos de musculação, acompanhados de exercícios de relaxamento muscular, com poderoso método de tratamento de problemas emocionais. As angústias, ansiedades, depressões e fobias podem melhorar com a realização de exercícios leves de músculos e de respiração. A atividade física regular proporciona uma melhor qualidade de vida para os idosos aumentando a força muscular e o equilíbrio, por exemplo, o que contribui para evitar as quedas que são frequentes nessa etapa da vida.

Capítulo 16 – Programa fisioterapêutico de reabilitação vestibular em idosos com disfunções do equilíbrio

Autores: Alba Lúcia da Silva Ribeiro, Gabriela Lopes Gama, José Roberto da Silva Júnior, Windsor Ramos da Silva Júnior

Resumo: Equilíbrio corporal é definido como a manutenção do corpo na sua posição ou postura normal, sem oscilações ou desvios. No corpo humano, os sistemas vestibular, visual e proprioceptivo são responsáveis em conjunto pela manutenção do equilíbrio. Durante a vida, o homem passa por alterações, sejam elas fisiológicas ou patológicas, em algum desses sistemas de manutenção do equilíbrio. É comum a procura de idosos aos consultórios médicos com queixas de desequilíbrio. A Reabilitação Vestibular (RV) tem ganhado espaço na comunidade científica devido a diversos estudos publicados que confirmam seus benefícios a essas patologias. A RV é uma abordagem terapêutica baseada em exercícios físicos específicos, repetitivos e prolongados, que visam ativar mecanismos naturais de compensação vestibular para que o indivíduo possa realizar suas atividades da vida diária de forma semelhante à realizada antes do surgimento da tontura. O protocolo de tratamento da RV deve ser prescrito tendo como base a avaliação previamente realizada. Nesta devem ter sido observados problemas específicos apresentados pelo paciente e, baseado nestes, os objetivos do tratamento serão propostos e os exercícios serão selecionados. O primeiro protocolo para RV foi proposto por Cawthorne-Cooksey, posteriormente o mesmo foi adaptado por outros autores e outros protocolos surgiram. Esses exercícios devem ser realizados de 3 a 5 vezes diárias podendo inicialmente haver uma piora da sintomatologia antes dos resultados finais desejados. Os exercícios de RV podem ser realizados na piscina terapêutica ou em grupo, podendo levar a resultados bastante satisfatórios.

Capítulo 17 – Tratamento complementar fisioterapêutico em idosos com depressão

Autores: Aline Torres Félix, Priscilla Indianara Di Paula Pinto

Resumo: O envelhecimento populacional é fato crescente no mundo todo e, decorrente das alteração naturais sofridas por essa população, aumenta também o risco de doenças, dentre elas a depressão, distúrbio psiquiátrico mais comum nessa faixa etária e que é desencadeado por vários fatores de ordem biológica, psicológica e social. Pode ocorrer em qualquer idade, se apresentando como um sentimento de tristeza, angústia, desânimo, insatisfação. Nos idoso, merece especial atenção, pois os sintomas são bem mais acentuados e essa população vivencia momentos de vida mais estressantes e negativos, como declínio social e econômico, limitação da capacidade para realizar suas atividades físicas, maior dependência e saúde mais vulnerável, fatores ester que reduzem significativamente sua situação com a vida. Com base nisso, é de fundamental importância uma intervenção adequada, buscando um envelhecer com dignidade para essa população. É nesse contexto que se tem buscado a fisioterapia. A fisioterapia geriátrica atua tanto na prevenção e retardo das incapacidades físicas, bem como na manutenção e recuperação da função dos idosos, oferecendo-lhes maior independência e um envelhecer mais bem sucedido. Ela se utiliza da cinesioterapia, exercícios com função terapêutica, realizados principalmente em grupo, os quais trazem benefícios tanto biológicos quanto psicológicos, dentre eles melhoria da capacidade funcional e melhor integração social, sendo usados na prevenção e tratamento da depressão, reduzindo a morbidade e mortalidade dos idosos, proporcionando, assim, uma melhor qualidade de vida a essa população.

Capítulo 18 – Reabilitação aquática para pacientes neurológicos

Autora: Clara Maria Crispim Muniz

Resumo: A água traz inúmeros benefícios para os pacientes neurológicos, isto é um consenso tanto na literatura quanto nos artigos científicos publicados. Nela os pacientes com déficit de controle motor voluntário, como é o caso das crianças com paralisia cerebral ou dos pacientes com acidente vascular encefálico, são capazes de realizar movimentos que a gravidade não permitiria, como, por exemplo, o simples ato de elevar um braço até atividades mais elaboradas como o caminhar, diminuindo diferenças físicas tão perceptivas no meio terrestre. Desta forma, justifica-se a elevação da auto-estima e benefícios psicológicos dos usuários do serviço de terapia aquática. O presente capítulo traz uma revisão da literatura sobre as características dos pacientes neurológicos de uma forma geral, destacando a influência das propriedades físicas da água sob os corpos com alterações de tônus muscular, os efeitos fisiológicos e terapêuticos da fisioterapia aquática, bem como suas indicações e contra-indicações, com respaldo em estudos de casos clínicos. Por fim, traz um conceito de atendimento através da hidrocinesioterapia e dos métodos de terapia aquática: Bad Ragaz, Halliwick e Watsu.

Capítulo 19 – AVE: uma abordagem fisioterapêutica da dor no ombro em hemiplégicos

Autores: Abdias Leal Caldas Neto, Juliana Rennaly Florência Alves do Nascimento, Cássio José Nascimento Pereira, José Roberto da Silva Júnior, Danilo de Almeida Vasconcelos

Resumo: A dor no ombro, presente em grande parte dos pacientes hemiplégicos que foram acometidos por acidente vascular encefálico, consiste numa complicação secundária na qual a conduta fisioterapêutica é de grande relevância a partir de seus diversos programas de tratamento, que buscam, de maneira geral, minimizar, cessar, ou até mesmo prevenir o aparecimento dessa dor. Dessa forma, buscamos neste capítulo identificar possíveis causas de dor no ombro relacionadas ao acidente vascular encefálico e alguns métodos terapêuticos utilizados pela Fisioterapia nesses casos.

Capítulo 20 – Qualidade de vida: perspectiva de pacientes portadores de DPOC

Autores: Fabiana Lacerda de Araújo, Priscilla Indianara Di Paula Pinto, Adrianna Ribeiro Lacerda

Resumo: Os portadores de doença pulonar obstrutiva crônica (DOC), pelas limitações funcionais decorrentes do processo crônico, apresentam sua qualidade de vida prejudicada. O objetivo do estudo foi avaliar sua perspectiva perante a qualidade de vida de um grupo de portadores de DPOC, submetidos a um programa ambulatorial de Fisioterapia Respiratória. A pesquisa foi desenvolvida na Clínica-Escola de Fisioterapia da UEPB, com população constituída por pacientes com diagnóstico clínico de DPOC e a amostragem composta por 10 sujeitos. Como instrumentos, utilizou-se um questionário sócio-demográfico e o Questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória (SGRQ). A análise dos dados foi feita através de medidas percentuais e medidas de posição/dispersão (média e desvio padrão). Os dados do SGRQ foram analisados seguindo método próprio. Os participantes do estudo apresentaram idade média de 67,2 anos com desvio padrão de 8,36, sendo 50% do sexo masculino e 50% feminino. A maioria (80%) é ex-tabagista, com tempo médio de 36,5 anos de história de fumo. Os achados sugerem que a DPOC ocasiona como consequência o comprometimento da qualidade de vida dos portadores, tendo em vista os escores obtidos mediante o SGRQ, quais sejam: 49,3% ± 23,46% de média e desvio padrão para o componente Sintomas, 63,2% ± 19,25% para o componente Impacto, 36,98% ± 6,69% para o componente Atividades, e 47,45% ± 12,46% para o componente Total. Comparando-se aos dados da literatura e a estudos semelhantes, os resultados permitem concluir que os participantes submetidos à fisioterapia respiratória convencional não apresentaram melhora na qualidade de vida segundo o SGRQ, com componente impacto apresentando maior escore. A avaliação dos resultados desses questionários é de grande importância para a montagem de um programa de reabilitação pela equipe multidisciplinar de acordo com cada paciente.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Capítulo 21 - A atuação fisioterapêutica no Programa de Saúde da Família

Autores: Alecsandra Ferreira Tomaz, José Roberto da Silva Júnior

Resumo

O Programa de Saúde da Família é uma estratégia que visa reverter o modelo hospitalocêntrico de prestação de assistêcia à saúde, contando com uma equipe mínima, constituída pelo médico generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde. Entretanto, outros profissionais poderão ser ser incorporados às equipes ou formar equipes de apoio, a depender do gestor local, das possibilidades locais e das necessidades da comunidade. A atuação do fisioterapeuta na atenção básica ainda é um processo em construção, porém firme e que avança ao encontro dos princípios norteadores do SUS. O Fisioterapeuta é peça primordial para a conquista e desenvolvimento de uma assistência à saúde da população que se baseia na inclusão social, centrada na comunidade na participação efetiva desta, na conquista da saúde como instrumento através da qual cidadãos possam realizar suas aspirações e satisfazer suas necessidades, adquirindo a capacidade de mudar seu entorno ou enfrentá-lo.